Tipologia textual

O que são textos?

 

TEXTOS são formas de interação social e se apresentam em formato visual ou verbal, de modo falado ou escrito, em tamanhos variados e com propósitos diversos. Todo texto, independentemente de sua complexidade, visa atingir um propósito que é, necessariamente, comunicativo.

A vida nas grandes cidades, bem como o contato com as tecnologias digitais, permite que a noção do que é "TEXTO" seja ampliada a cada dia. Observe: tudo o que nos cerca é texto!

Placas de sinalização, as cores do semáforo, a faixa de pedestres, os nomes de ruas...Tudo é texto!

O textos que produzimos são analisados em três diferentes linguagens: verbal, não verbal e mista. 

A linguagem verbal: é aquela que utiliza a palavra escrita ou falada para estabelecer a comunicação. Um texto ou uma conversa com os amigos são exemplos de linguagem verbal.

Poeminha de Homenagem à Preguiça Universal

Que nada é impossível
não é verdade;
todo o mundo faz nada
com facilidade

[Millôr Fernandes]

A linguagem não verbal utiliza os gestos, os sons, os símbolos e os ícones para conceder a comunicação. Uma  pintura, o semáforo ou uma placa de trânsito são exemplos de linguagem não verbal

A linguagem mista é aquela que simultaneamente utiliza a linguagem verbal e não verbal. Uma história em quadrinhos ou um cartaz de publicidade são exemplos de linguagem mista
 

Muitas vezes, em um texto verbal, o uso de figuras de linguagem como metáforas, ironia, ambiguidade é mais nítido, isto é, temos uma capacidade maior e mais rápida em notar onde estão esses elementos linguísticos que nos permite compreender o que estamos lendo. No texto não verbal nem sempre notamos onde esses elementos estão, porém, isto não significa que uma figura, uma foto ou um cartaz publicitário não possuem elementos linguísticos construindo seus efeitos de sentido.

A metáfora é uma figura de linguagem utilizada nas modalidades verbal e  não verbal como um recurso expressivo dos textos publicitários.

Antes do surgimento da escrita, os gregos antigos encarregavam um mensageiro, que ia, de navio ou a cavalo, levar a notícia desejada. A comunicação só acontecia cara a cara. O uso da escrita deu início a um tipo de comunicação que tornava possível entrar em contato com mensagens produzidas por pessoas que haviam morrido há séculos, ou distantes milhares de quilômetros.

A Epopeia de Gilgamesh é um bom candidato a primeiro poema épico. As primeiras versões escritas sobreviventes são datadas de cerca de 2000 aC. 

Texto de 1175, chamado Notícia de Fiadores, em que linguistas identificam elementos que o caracterizam como português antigo, ou galego português, e o diferem do latim, ainda muito empregado na época.

Sabe-se que a escrita surgiu em diferentes lugares, tornando-se um poderoso apoio para a memória humana. Os povos antigos usavam as marcas gráficas inicialmente como uma ferramenta para registro do movimento do comércio, depois como registros de todos os acontecimentos que envolviam a sociedade. Usando materiais diferentes, os textos eram copiados, à mão, um a um. A possibilidade de grafar a informação conferia a durabilidade necessária, para escrever leis, que fixavam costumes e determinavam quem devia obediência a quem.

A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha.

Com o advento da escrita, foi possível atravessar a barreira do tempo e preservar informações sobre modos de vida de povos que viveram há milhares de anos ou informar sobre outros povos, que vivem em locais muito distantes dos centros de difusão das informações. A durabilidade do sinal grafado e a possibilidade de acesso à informação por um número cada vez maior de pessoas mudaram profundamente a história da humanidade.

A Bíblia de Gutenberg é o incunábulo impresso da tradução em latim da Bíblia, por Johann Gutenberg, em Mogúncia (atual Mainz), Alemanha. A produção da Bíblia começou em 1450, tendo Gutenberg usado uma prensa de tipos móveis. Calcula-se que tenha terminado em 1455.

   

No século XV, a invenção da imprensa tornou possível a reprodução de livros e o acesso à leitura para um maior número de pessoas do que até então tinha sido possível. A descoberta da impressão se deu graças à invenção de Gutemberg que, ao conseguir uma impressão nítida, possibilitou a reprodução de um mesmo material em um tempo muito rápido, o que teve como consequência a produção de milhares de livros em pouco tempo. O surgimento da instituição escola e a alfabetização da massa trabalhadora tornaram possível o acesso à comunicação escrita em larga escala.

Prensa de tipos móveis de 1811, em exposição em Munique, Alemanha.

Assista ao documentário Gutemberg e a máquina que nos criou e veja com detalhes esta história que revolucionou as nossas comunicações.

Na comunicação escrita temos um autor que está distante falando para um leitor, na maioria das vezes desconhecido. Para que o leitor compreenda o que se passa, é necessário que o autor dê o máximo de informações que puder referente ao contexto, ao assunto, à finalidade da informação.

De modo geral, TEXTOS são ferramentas constituídas de diferentes linguagens e com diferentes objetivos; mas, todos eles, certamente, servem ao propósito da comunicação.

Sites utilizados nesta postagem:

https://oficinaenem.wordpress.com/linguagem/linguagem-verbal-nao-verbal-e-mista/  

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/historia-da-escrita-surgimento-e-importancia-dessa-linguagem.htm
https://pt.slideshare.net/clauheloisa/comunicao-11431108